III — Fonética (parte 2)

III
Fonética (parte 2)
Classificação dos fonemas: vogais, semivogais e consoantes


Continuando a falar sobre a Fonética, depois do Aparelho Fonador, a ferramenta que a gente usa para falar, vamos à parte prática.

Você se lembra que eu disse que uma gramática pode mudar de um autor para o outro? Pois então, as três gramáticas que eu uso como referência para escrever estes posts são diferentes e, como minha intenção é ser mais objetivo, não querendo deixar as coisas muito extensas, vou usar os mesmos moldes da DUARTE (2000), com pinceladas do CEGALLA (2008).

Partiu, conceituar as coisas.

Em primeiro lugar, temos os fonemas, que são elementos acústicos, ou seja, os sons. Só por questão de curiosidade:

[...] fonema [...]. Sua origem é o Grego phonema, “som”, de phonein, “soar, falar”, de phone, “som, voz”. (Em: http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/fonema/. Acesso em: 30 de abril de 2016).

É bom lembrar: não confundir "fonema" com "letra", que serve apenas para representar o som. Prova disso é o fato de existirem diversas "letras" com o mesmo "som". Exemplos: "paJé", "Geleia"; "CHave", "Xadrez".

Ah! Também é válido dizer que existem letras "sem som", como é o caso do H em algumas situações: Homem, BaHia...

Já sabendo a etimologia, ou a origem, da palavra fonema e deixando bem claro a diferença entre ele e "letra", partamos para as classificações: vogais, semivogais e consoantes.

Chamamos de "vogais" os sons que acontecem quando as nossas cordas vocais vibram e o som sai livremente pela boca. São elas: A, E, I, O e U.

Elas podem ser nasais, ou seja, quando o som, além de sair pela boca, passa pelo nariz — utilizamos o "til" (~) em cima de uma delas para representar este som e as letras M e N — quanto orais, quando o ar sai livremente pela boca.

Quer tentar algo interessante? Segure seu nariz e diga estas palavras em voz alta: "pão", "Japão" e "mamãe". Percebeu seu nariz vibrar? Agora, ainda com a mão no nariz, leia estas palavras: "amor", "água" e "vela". Nada, certo?

Antes de irmos para as semivogais, vamos esclarecer duas coisas.

1º: "til" não é acento. Isso mesmo, jovem padawan! O "~" nada mais é que um sinal que indica a nasalização da vogal.

2º: existem vogais "tônicas" e vogais "átonas". Vejam bem: as "tônicas", ou seja, as vogais "fortes", são aquelas pronunciadas de forma mais intensa, como em sapÉ e cOla; já as átonas, ou seja, as vogais "fracas", como já sugere o nome, são aquelas pronunciadas com menos intensidade, como em sApé e colA.

As semivogais são o I e o U ao lado de outra vogal formando uma mesma sílaba. Um exemplo muito citado é "ideia", I-DEI-A. Deu pra ver? Três sílabas, sendo que o I em DEI, não se separa.

E para finalizar este post (pra lá de longo), temos as consoantes: fonemas que, para serem produzidos, têm que forçar o ar pela boca. São elas: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y e Z.

"Na língua portuguesa a vogal é o elemento básico e indispensável para a formação da sílaba. As consoantes só podem formar sílaba com o auxílio das vogais." CEGALLA (2008, p. 9).

Então, mais uma vez, até a próxima!



REFERÊNCIAS

CEGALLA, Domingos Paschoal. Nova Minigramática da Língua Portuguesa. 3ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

DUARTE, Madalena Parissi. Gramática Escolar da Língua Portuguesa. Blumenau: Todolivro, 2000.

ORIGEM DA PALAVRA. Palavra, Etc. Disponível em: http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/fonema/. Acesso em: 30 de abril de 2016

MORENO, Cláudio. Sua língua. Til não é acento. Disponível em: http://sualingua.com.br/2009/05/19/til-nao-e-acento/. Acesso em 30 de abril de 2016.

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